Milenar Religião Natural

Religião, Filosofia e Ciência em harmonia


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Sobre a Religião Natural
Trecho da Introdução do livro Milenar Religião Natural: Racional e Livre
A Religião Natural foi efetivamente praticada na França na parte final da Revolução Francesa, ocasionando o aparecimento de diversos livros sobre o assunto na época. Com a mudança de regime no país, a Religião Natural deixou de ser praticada coletivamente na França e no ocidente, passando a ser pouco mencionada.
Nossa Crença
Texto do livro Milenar Religião Natural: Racional e Livre, cap. 1

"Que a paz de Deus esteja com todos nós!" Esta saudação popular está de acordo com o objetivo principal da Religião Natural de evoluir espiritualmente em direção a Deus. Da mesma forma, frases como "que Deus te acompanhe" e "Louvado seja Deus", também são compatíveis. Pode parecer estranho que a nossa doutrina seja incompatível com outras religiões que fazem saudações semelhantes, mas isso será esclarecido a seguir.

A Religião Natural se baseia na razão e na experiência, sem dogmas oriundos de entidades espirituais, ao contrário da Religião de Revelação, (ou Revelada), que segue doutrinas de escrituras provenientes dessas entidades. Assim, mais de 40.000 religiões diferentes espalhadas pelo mundo (considerando diferentes as que são rivais, mesmo sendo da mesma origem) se classificam apenas em uma dessas duas categorias citadas. O objetivo do que denominamos Milenar Religião Natural é a evolução tanto individual como coletiva, sendo uma reunião semanal suficiente para a pessoa estar em dia do ponto de vista de atividade religiosa. Isso é muito importante e benéfico, especialmente para quem se afastou das religiões. Uma reunião religiosa tem característica própria, pois ela é uma mistura de dever, necessidade, satisfação e às vezes certo sacrifício. Uma reunião da Religião Natural pode ter a prática semelhante a uma missa católica sem os dogmas desta.

Devemos promover a prática do bem e o comportamento correto dentro e fora do grupo. Outras atividades úteis, oriundas da ioga, do budismo e de pesquisas científicas, podem ser praticadas por escolha livre e pessoal. Isso inclui a meditação, atividade para combater o estresse (que também pode ser feita com ajuda de aparelhos de biofeedback) e leitura de textos escolhidos.

A denominação

A denominação Milenar Religião Natural é apropriada, porque a crença se fundamenta em raciocínio lógico e a palavra ‘milenar’ se refere a que a sua doutrina é praticada há milênios e o seu início se confunde com o início da civilização. Isso tudo nos leva a estabelecer que, mesmo que alguma doutrina também seja classificada como Religião Natural, se a mesma não for compatível com a nossa, os seus seguidores estão fora do nosso objetivo, que é de reunir pessoas com o mesmo pensamento.

O momento mais importante da atividade religiosa é quando se eleva o pensamento a Deus, e, quando falamos a respeito, normalmente todos, inclusive as crianças, sabem do que se trata. Aqui temos uma diferença em relação às outras religiões: o praticante deve elevar o pensamento a Deus ao invés de pedir que Deus o ajude em determinada situação, pois ao pedir ajuda, ele poderá ser atendido não por Deus, mas por entidades espirituais, que após o atender não se afastam mais dele. Mas como o nosso conceito de Deus é diferente das religiões mais populares, é necessário deixar isso bem esclarecido.

O conceito de Deus

Nós classificamos as religiões em apenas duas categorias. Entretanto, mesmo na Religião Natural existem historicamente duas interpretações sobre a natureza de Deus, por isso, é interessante estabelecer claramente qual é a nossa doutrina e procurar reunir apenas as pessoas com ideias iguais às nossas. Como não temos capacidade de descrever apropriadamente a natureza de Deus, é adequado usar a maneira antiga do pensamento oriental mais racional, a negação: nem isto, nem aquilo. Assim, "Deus não existe em uma maneira como nós conhecemos a realidade, mas não é apenas uma abstração da imaginação". "Deus não tem vida no sentido que os seres humanos vivem, mas nosso objetivo, mesmo a longo prazo e distante, é de evoluir espiritualmente na sua direção". Podemos ver aqui uma semelhança com os objetivos finais do Budismo original e da Ioga original, na qual a própria palavra Ioga é normalmente definida como união com Deus. Podemos também mostrar no que não acreditamos: "Não cremos no conceito de Deus que interfere no mundo, mas estabelecer uma definição exata de sua natureza está acima de nossa capacidade". O importante é que todos nós temos uma noção intuitiva de Deus que complementamos com as descrições vistas acima.

O conceito de Deus Cósmico deve ser evitado, por ser um tanto vago, pois ele é usado por alguns grupos religiosos místicos dogmáticos, com doutrinas diferentes da que nós acreditamos. Nós acreditamos na existência de entidades espirituais que interferem no mundo, mas que, ao contrário, Deus não interfere no mundo. Neste caso também vamos procurar reunir pessoas com o mesmo pensamento e não tentar provar ou debater o assunto com quem discorda.

A classificação das Religiões

Não pretendemos debater religião ou apresentar textos de natureza muito intelectual, ou acadêmica, mas devemos esclarecer as diferenças entre religiões que podem nos confundir. Assim, não usamos a divisão da religião em monoteísmo e politeísmo, porque essa classificação normalmente se refere às religiões baseadas em revelações de escrituras ou em tradições obscuras. Também a palavra teologia sofre a mesma influência, devendo ser evitada. Outro termo que devemos evitar é Deísmo, que, como nós, propõe que o raciocínio lógico seja o principal fator na crença e cuja trajetória acompanhou o iluminismo. O Deísmo, até o século 19, era apresentado como quase um sinônimo de Religião Natural, no qual predominava o conceito de Deus que interfere no Mundo, por influência do cristianismo. Alguns deístas defendiam a ideia de que Deus recompensa os justos, outros achavam que não. Na Wikipédia, a ‘Lista de deístas’ apresenta muitos personagens históricos famosos. Não há uma definição precisa de Deísmo, e o mesmo acontece com o termo Unitarismo, sendo que este, na prática, atualmente refere-se a uma espécie de religião genérica, e assim devemos evitar ambos os termos. O Racionalismo é semelhante ao deísmo, pois propõe o uso de raciocínio lógico na religião. Devido a esse conceito ser um tanto vago, alguns cristãos consideram que o cristianismo é uma crença racional e se organizaram, tendo alguns locais onde se reúnem.

Como unir doutrina e prática

A doutrina da Milenar Religião Natural tem semelhança com a que se encontra em textos antigos da ioga original e do budismo original. É também a aproximação da religião com a ciência que pode ser observada ao se medir as ondas cerebrais de seus seguidores mais dedicados em determinadas práticas de meditação. Como veremos adiante, algumas igrejas europeias já estão adaptando seus cultos à realidade de Cristo ser apenas um mito. A prática deve seguir parcialmente a de uma reunião religiosa tradicional, que tem um grande poder de interação no grupo. Essa junção não é novidade, pois ao procurarmos livros sobre, por exemplo, Ioga para Católicos, Budismo para Cristãos, verificamos que existem muitos títulos semelhantes. Muitos desses autores ignoram, ou não dão a devida importância, para a diferença entre Religião Natural e religiões baseadas em revelações de escrituras, o que provoca distorções na prática religiosa. Precisamos então deixar claro que não aceitamos orientações provenientes de entidades espirituais, pois Deus não se comunica com as pessoas, mas as pessoas podem se elevar espiritualmente e se aproximar dele. Entretanto, existem entidades espirituais que podem se manifestar em situações especiais, independente de nossa vontade. Nessas situações deve-se analisar e buscar a melhor maneira de tratar, caso a caso.

Não é só mais uma religião

O fim ou declínio de algumas igrejas nos leva a ter cuidados para evitar seus erros. Um desses cuidados é deixar claro que, mesmo a doutrina da Milenar Religião Natural não sendo extensa, não deve ser entendida como mais uma religião que possa ser seguida ao mesmo tempo, junto com outras, pois muitos podem imaginar que todas as religiões são igualmente boas. Não questionamos as outras religiões e sim estabelecemos critérios para a nossa, que não deve ser considerada por seu praticante como mais uma religião seguida e sim como a única. Assim mesmo, algumas cerimônias tradicionais podem ser realizadas em templos reconhecidamente de Religião Natural (se existir algum), talvez algum templo do Budismo. Para solenidades podemos ter inspiração na tradição do Japão, onde a religião popular, o xintoísmo, é praticada no dia a dia, enquanto outras questões são encaminhadas para o budismo zen.

A religião em comunidades

A Religião Natural ideal seria a que seus praticantes vivessem em comunidades espiritualmente elevadas e voltadas para o bem-estar tanto das famílias e como dos solteiros. A tendência de as famílias ficarem cada vez menores também é um motivo para a reunião seletiva de pessoas amigas com a mesma religião. Uma comunidade pode priorizar o interesse coletivo, diminuindo a ambição individual e o acúmulo excessivo de bens como garantia de bem-estar futuro. Para promover a aproximação de jovens de sexo oposto, as comunidades existentes que deram certo costumam promover bailes, onde só participam pessoas da comunidade, com tipo de dança simples. Essas comunidades são autossustentáveis e há exemplos disso em algumas existentes. As comunidades ideais têm condição de serem eficientes e práticas, com boa estrutura, nas quais qualquer pessoa possa dispor de moradia confortável, emprego estável, escola bem estruturada, assistência médica eficiente, total sistema de segurança e local de reunião.